Com o avanço do ebola e a crescente preocupação mundial, infectologista brasileira fala sobre os riscos do vírus chegar ao Brasil e explica que medidas estão sendo tomadas para evitar a entrada da doença no país
A infectologista Otilia Lupi, da Fundação Oswaldo Cruz, falou sobre o ebola em entrevista concedida aoRepórter Brasil. As proporções do surto de ebola na África Ocidental têm chamado a atenção das autoridades e órgãos de saúde em todo o mundo. Segundo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus já vitimou quase 1000 pessoas em Serra Leoa, Guiné, Líbéria e Nigéria. Com as constantes notícias sobre o avanço da doença, muitas pessoas têm ficado com dúvidas e preocupadas sobre o assunto.
A especialista explica que a doença pela primeira vez deixou de ser restrita às zonas rurais e chegou às áreas urbanas. “A gente está lidando com o imaginário das pessoas e o medo de uma doença que nos lembra da morte. De fato estamos lidando com um problema muito sério, mas estamos assistindo a cooperação internacional funcionando”, destacou. Otilia afirmou que não há casos de ebola no Brasil e que o risco existe, mas explica que medidas já foram tomadas para conter a entrada do vírus no Brasil.
Médicos da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio, dizem que nossa rede de prevenção e contenção de epidemias está entre as melhores do mundo. Lupi diz que “a gente tem uma estrutura que é capaz de vencer esse desafio”, e lembra mais uma vez: o vírus requer contato físico para se propagar – o contágio não acontece pelo ar.
Como isolar um paciente com Ebola
O Dr. Kent Brantly foi o primeiro paciente com ebola a chegar aos EUA. No último sábado, ele foi transferido para o Hospital da Universidade Emory, em Atlanta. Na terça-feira, a missionária Nancy Writebol – também infectada – foi levada ao país.
De acordo com o Wall Street Journal, a Universidade de Emory tem uma das quatro unidades de isolamento nos EUA especialmente equipadas para lidar com pacientes de alto risco. A unidade também é separada do restante do hospital, para minimizar o alastramento da doença.
Vale lembrar novamente que o ebola é transmitido através de fluidos corporais, e não pelo ar. Por isso, os funcionários de saúde não precisam usar trajes hazmat, aqueles feitos para proteger contra materiais perigosos. Eles devem, no entanto, usar um traje impermeável, máscara, óculos protetores e luvas. Após o uso, esse material é queimado.
A unidade de isolamento em Emory também previne que organismos patogênicos se espalhem pelo ar: ela usa pressão negativa para impedir que o vírus escape. O local já foi usado para tratar a SARS e, nos EUA, zero pessoas morreram por causa do vírus.
com Repórter Brasil e Gizmodo
Via Pragmatismo Político
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