por Jean Peixoto
Como no dia 20 de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra no Brasil, ninguém melhor para receber destaque nesta data do que Walter Firmo. Prezando sempre pela valorização da cultura negra na essência de seu trabalho, Walter Firmo tornou-se um capítulo indispensável aos admiradores da história da fotografia brasileira. Uma carreira iniciada no fotojornalismo, que se estendeu para além das redações e hoje é referência para fotógrafos de todas as idades.
Walter Firmo Guimarães da Silva, consagrado como um dos mais importantes autores a trabalhar com fotografia colorida no Brasil, ficou conhecido pela valorização e divulgação da contribuição da cultura negra em seu trabalho. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1937. Autodidata, começou a carreira aos 20 anos, em 1957, no jornal carioca Última Hora, passando a colaborar com o Jornal do Brasil em 1960. Em 1965 integrou a equipe inaugural da revista Realidade, que o tornou nacionalmente conhecido. Depois de trabalhar para diversas publicações da Bloch Editores, criou em 1973 a agência Câmara Três, em associação com Sebastião Barbosa e Claus Meyer, mas a deixou no ano seguinte para fotografar para a sucursal da revista Veja no Rio de Janeiro.
Foi diretor do Instituto Nacional da Fotografia da Fundação Nacional de Arte entre 1986 e 1991. Com a extinção do INFoto no governo Collor, foi reintegrado em 1994, passando a atuar na nova Área de Fotografia da Funarte, pela qual se aposentou em 2007. Publicou os livros: Walter Firmo: Antologia Fotográfica (1989); e Nas Trilhas do Rosa (1996); Paris: Paradas Sobre Imagens (2005); Brasil: Imagens da Terra e do Povo (2009). Foi vencedor do prêmio Esso de reportagem em 1963, pela série de cinco reportagens “Cem dias na Amazônia de ninguém”.
Firmo é um dos fotógrafos mais premiados na história da fotografia brasileira. Entre 1973 e 1985, venceu sete vezes o Concurso Internacional de Fotografia da Nikon. Em 1985, recebeu também o Golfinho de Ouro, concedido pelo governo do Estado do Rio de Janeiro e, em 2004, recebeu o título de comendador das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Cultura à época, Gilberto Gil.
Desde 1992, Firmo ministra cursos e oficinas no Brasil e no exterior. Em 2010 fundou a sala José Medeiros, homenagem a um dos seus grandes mestres e inspiradores no início da carreira, onde dá aulas e palestras, no Rio de Janeiro.
Saiba um pouco mais sobre a vida e obra desse grande artista brasileiro:
Fonte: Portal Obvious
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