Rodrigo Janot diz que está na hora de dar um basta à corrupção
Prédio da PGR em Brasília recebeu adesivo de campanha contra esse tipo de crime
Prédio da PGR em Brasília recebeu adesivo de campanha contra esse tipo de crime
Campanha coloca adesivo contra a corrupção no prédio da PGR, em Brasília - Givaldo Barbosa / Agência O Globo |
— A corrupção não pode ser vista como algo cotidiano e que permeia nossas vidas. Chegou a hora de dar um basta. Corrupção, não! — disse Janot.
O procurador elevou a voz ao proclamar o "não" à corrupção. Janot tem sido pressionado desde o início do ano quando pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito contra políticos suspeitos de envolvimento com a corrupção na Petrobras, entre eles os presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Parlamentares ligados aos dois estão atuando para desgastar e até mesmo impedir a recondução do procurador-geral.
O mandato de Janot termina em setembro. As eleições internas são dadas como favas contadas para o procurador-geral. Mas, ainda assim, deputados e senadores alvos das investigações da Lava-Jato têm se movimentado nos bastidores para derrubar uma eventual indicação do procurador-geral em sabatina no Senado. O procurador não falou explicitamente sobre as manobras dos políticos investigados, mas reafirmou que não está preocupado com o cargo.
— Eu não procuro emprego. Eu tenho uma função publica, que exerço por concurso público, há 31 anos — afirmou.
O procurador sinalizou ainda que uma eventual substituição dele no cargo não significaria o fim das investigações da Lava-Jato. Ele argumenta que o Ministério Público está fechado no combate à corrupção. As investigações não são personalizadas. A ausência de um investigador pode ser suprida por outro com ainda mais força.
— Se um colega não fizer, não se iludam, outro o fará — afirmou.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que também participou da solenidade, disse que o combate à corrupção não é uma opção ideológica, mas um dever do Estado. O ministro elogiou o papel do Ministério Público no combate à corrupção e disse ainda que o governo já tomou importantes iniciativas para coibir desvios na administração pública, mas sempre é possível fazer mais nesta área.
— A impunidade de corrupto e corruptores tem que chegar ao fim — disse Cardozo.Organizado pelo Ministério Público Federal em parceria com a Associação ibero-americana de Ministérios Públicos (AIAMP), a campanha une 21 países contra a corrupção.
Entre as metas da campanha, estão utilizar a internet para mostrar à população a importância de combater a corrupção não apenas na esfera do poder, mas em suas vidas pessoais, além de mostrar o papel do Ministério Público no combate à corrupção.
Para tentar engajar o internauta, a campanha conta com um hotsite e uma página no Facebook, onde é possível compartilhar as peças.
O procurador elevou a voz ao proclamar o "não" à corrupção. Janot tem sido pressionado desde o início do ano quando pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito contra políticos suspeitos de envolvimento com a corrupção na Petrobras, entre eles os presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Parlamentares ligados aos dois estão atuando para desgastar e até mesmo impedir a recondução do procurador-geral.
O mandato de Janot termina em setembro. As eleições internas são dadas como favas contadas para o procurador-geral. Mas, ainda assim, deputados e senadores alvos das investigações da Lava-Jato têm se movimentado nos bastidores para derrubar uma eventual indicação do procurador-geral em sabatina no Senado. O procurador não falou explicitamente sobre as manobras dos políticos investigados, mas reafirmou que não está preocupado com o cargo.
— Eu não procuro emprego. Eu tenho uma função publica, que exerço por concurso público, há 31 anos — afirmou.
O procurador sinalizou ainda que uma eventual substituição dele no cargo não significaria o fim das investigações da Lava-Jato. Ele argumenta que o Ministério Público está fechado no combate à corrupção. As investigações não são personalizadas. A ausência de um investigador pode ser suprida por outro com ainda mais força.
— Se um colega não fizer, não se iludam, outro o fará — afirmou.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que também participou da solenidade, disse que o combate à corrupção não é uma opção ideológica, mas um dever do Estado. O ministro elogiou o papel do Ministério Público no combate à corrupção e disse ainda que o governo já tomou importantes iniciativas para coibir desvios na administração pública, mas sempre é possível fazer mais nesta área.
— A impunidade de corrupto e corruptores tem que chegar ao fim — disse Cardozo.Organizado pelo Ministério Público Federal em parceria com a Associação ibero-americana de Ministérios Públicos (AIAMP), a campanha une 21 países contra a corrupção.
Entre as metas da campanha, estão utilizar a internet para mostrar à população a importância de combater a corrupção não apenas na esfera do poder, mas em suas vidas pessoais, além de mostrar o papel do Ministério Público no combate à corrupção.
Para tentar engajar o internauta, a campanha conta com um hotsite e uma página no Facebook, onde é possível compartilhar as peças.
POR JAILTON DE CARVALHO - O Globo
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