Corte de madeira, mineração, agropecuária e a cada vez maior expansão dos centros urbanos em direção às florestas são responsáveis por levar ao chão aproximadamente 26 bilhões de árvores por ano.
Para reverter este cenário de destruição, o americano Lauren Fletcher sonha em fazer um replantio em escala industrial: semear 1 bilhão de árvores por ano usando drones. “Há anos eu e meu time estudamos as mudanças climáticas. Com esta tecnologia, acreditamos que poderemos mudar o mundo”, afirma o visionário.
Fletcher, engenheiro que trabalhou durante 20 anos na Agência Aeroespacial Americana (Nasa), é o CEO da BioCarbon Engineering, sediada em Oxford, na Inglaterra. A startup desenvolveu um projeto que utiliza a tecnologia dos drones para mapear, plantar e monitorar o crescimento das mudas.
No ar, os drones farão o mapeamento preciso das áreas que precisam ser replantadas, gerando imagens em alta resolução e mapas em 3D. Em seguida, o equipamento será usado para o plantio de sementes germinadas, que tem índice de absorção na terra muito mais alto quando comparado a técnicas que fazem dispersão aérea de sementes secas.
O sistema é bastante sofisticado. Os drones descem a dois ou três metros acima do solo e lançam uma espécie de casulo, que contem sementes pré-germinadas, cobertas por um hidrogel com nutrientes. O veículo aéreo tem capacidade para plantar dez sementes por minuto. Fletcher acredita que será possível plantar 36 mil mudas de árvores por dia.
A técnica de agricultura de precisão garantirá o replantio em larga escala. Segundo a BioCarbon Engineering, o plantio manual é caro e lento e o que espalha sementes secas apresenta baixo índice de germinação.
Numa última etapa, os drones servirão para monitorar as áreas que foram replantadas. Esta informação ajudará a fornecer avaliações da saúde do ecossistema ao longo do tempo.
No ano passado, o projeto da BioCarbon Engineering recebeu um prêmio da Skoll Foundation, fundação americana que investe na inovação e empreendedorismo social. Mais recentemente, ficou com o terceiro lugar na competição Drones for Good, nos Emirados Árabes Unidos.
A intenção do engenheiro americano é que até o meio do ano os drones já estejam no ar, semeando novas florestas pelo planeta. Que bons ventos os levem!
Fonte: Brasil Post
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