Ronda do bem: grupo de pessoas percorre SP fazendo doações para moradores de rua e novas amizades
Entre os bairros nobres de Higienópolis e Pacaembru, na zona oeste da capital paulista, um grupo de 50 pessoas em média realiza rondas noturnas, uma vez por mês, fazendo doações de alimentos, roupas e itens de higiene para moradores de rua, aproveitando também para conversar e conhecer melhor suas histórias de vida.
Elas se dividem em dois grupos: um seleciona e separa roupas e calçados masculinos, femininos e infantis em várias pilhas, ao lado de cobertores, a maioria novos, ensacados e outro monta kits em sacolas que vão sendo passadas de mão em mão, com cada pessoa acrescentando uma coisa diferente (sanduíche, pacote de biscoito, garrafinha d’água, sabonete, pasta e escova de dente, par de meias e pacote de camisinhas).
Tudo é muito bem planejado para que cada grupo saia para as visitas com quantidades semelhantes de peças. Já o planejamento das rotas da noite, mais a divisão de pessoas por grupos e por carros é feito por outras pessoas. A organização leva pouco mais de 2h.
Entre os bairros nobres de Higienópolis e Pacaembru, na zona oeste da capital paulista, um grupo de 50 pessoas em média realiza rondas noturnas, uma vez por mês, fazendo doações de alimentos, roupas e itens de higiene para moradores de rua, aproveitando também para conversar e conhecer melhor suas histórias de vida.
Elas se dividem em dois grupos: um seleciona e separa roupas e calçados masculinos, femininos e infantis em várias pilhas, ao lado de cobertores, a maioria novos, ensacados e outro monta kits em sacolas que vão sendo passadas de mão em mão, com cada pessoa acrescentando uma coisa diferente (sanduíche, pacote de biscoito, garrafinha d’água, sabonete, pasta e escova de dente, par de meias e pacote de camisinhas).
Tudo é muito bem planejado para que cada grupo saia para as visitas com quantidades semelhantes de peças. Já o planejamento das rotas da noite, mais a divisão de pessoas por grupos e por carros é feito por outras pessoas. A organização leva pouco mais de 2h.
O sinal verde
para a ronda só é dado depois que o pessoal faz um circulo para que seja
dito o que foi planejado. A chamada “linha de frente” do grupo Entrega
por SP faz a fala inicial e indica a divisão das pessoas nos carros
disponíveis, dando informações de como agir e relatos de entregas
anteriores. Os organizadores afirmam que o grupo não tem vínculos com
instituições religiosas ou mesmo partidos políticos.
“A gente não gosta de exposição, de drama, sabe? Trilha sonora triste, emotiva. Não gostamos de ser tratados como heróis. Nossa linha é mais humana, de que somos todos iguais, e sem vitimismo”, afirma o radialista e idealizador do Entrega por SP, Lucas Caldeira Brant, 32 anos, em entrevista para o G1.
Lucas conta que a ideia da ação surgiu depois que ele criou um evento no Facebook pedindo doações para comprar cobertores. Nessa primeira entrega, o radialista e mais nove pessoas doaram 138 cobertores para os desabrigados. Foi quando Lucas percebeu que os moadores queriam algo a mais: conversar.
Desde então, a ação se tornou mensal. Lucas descobriu que não havia em São Paulo um projeto que distribuisse pasta e escova de dente para essas pessoas e resolveu incluir esses itens a partir da segunda entrega. “As primeiras ações foram se moldando a ponto de ser essa a essência do projeto, de compartilhar sorrisos na cidade. De como somos todos iguais, deixando de considerá-los invisíveis para a sociedade, para nós, para todos”, explica.
As rondas acontecem sempre na última sexta-feira do mês. Centenas de pessoas compram e doam os materiais. E, se você quer saber como participar da ação, siga a página do projeto no Facebook.
Com informações do G1. Fotos: Fábio Tito
Por Daniel Froes
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