Devota de Santo Antônio casa no dia e na capela do padroeiro
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Lorena e Sidney vão casar na capela de Santo Antônio no dia 13 de junho (Foto: Catarina Barbosa / G1) |
Casal marcou capela do santo após ter reserva cancelada em outra igreja.
Para a advogada Lorena Aguiar o dia 13 de junho é uma data especial: devota de Santo Antônio, ela sempre aproveita o dia do santo para encontrar amigas católicas em Belém. "Faço a trezena dele desde 2007. A gente curte a época de Santo Antônio porque tem arraial, é muito legal. As amigas também vão, e isso virou nosso encontro anual", conta.
Mas em 2015 a data religiosa terá um significado especial para a advogada: em vez dos 13 dias de súplicas e do arraial, Lorena irá comemorar o dia do santo através seu aspecto casamenteiro - é que no dia 13 de junho ela irá celebrar sua união com o advogado Sidney Smith. E o local, obviamente, não poderia ser qualquer um: a dupla irá casar no colégio Santo Antônio, em uma capela que foi escolhida com uma ajudinha do acaso.
"Todas as igrejas estavam ocupadas. Eu consegui agendar na igreja do Carmo mas, por conta do atraso de uma reforma, ligaram informando que iam cancelar a reserva e devolver nosso dinheiro. Eu nem queria o dinheiro, só queria casar! Fiquei sem igreja, mas sabia que ia casar de algum jeito - só faltava descobrir onde. Aí vi a capela do colégio, tão bonita, e deu certo. Foi um aparente estresse de não ter igreja, mas deu tão certinho que vamos casar no dia de Santo Antônio, no colégio Santo Antônio", revela.
Devoção profissional
Segundo a noiva, sua devoção com Santo Antônio nunca foi para arranjar marido - ela nega, pro exemplo, que tenha feito promessas e simpatias antes de conhecer Smith. "Eu nunca pedi pro santinho para casar. No Brasil ele é conhecido como casamenteiro, mas Santo Antônio é muito mais que isso - ele é Santo Antônio de Pádua e de Lisboa. Eu sempre pedi mais questões profissionais do que casamento, tanto que vou me casar com 33 anos. Se estivesse desesperada, acho que já teria casado", disse.
Mas Santo Antônio conseguiu facilitar o casamento de Lorena através da atuação profissional, como explicaa o noivo Sidney Smith. "A gente é da área do direito. Eu fui no shopping comprar códigos com um amigo. Quando fui buscar ele em casa ela veio junto de carona. Foi neste dia que eu a conheci", revela.
"Era véspera de uma prova da defensoria, cinco anos atrás. Eu estava estudando com um amigo em comum. A prova era de consulta e faltava comprar uma legislação. Quando ele chegou a gente acabou indo junto para o shopping, mas só nos conhecemos. Aí veio a amizade, mas nada além disso", lembra Lorena.
Segundo Smith, o relacionamento demorou a acontecer porque os dois estavam namorando outras pessoas. "Não começamos a namorar logo, começamos um ano depois. A gente só era amigo nessa época - aliás, nem amigos: a gente era colega. A gente foi se aproximar mesmo depois que eu terminei um namoro e ela também", disse.
Para Lorena, o namoro foi um presente, e logo no começo da relação o casal já recebeu sinais de que acabaria no altar. "A gente começou a namorar em 28 de março, um dia depois do meu aniversário. Nesta época teve dois casamentos de dois amigos dele. Um deles foi 12 de junho de 2010, a gente havia começado a namorar há menos de 3 meses e eu acabei pegando o buquê quando já tinha passado da meia-noite, já era dia de Santo Antônio. Aí ele falou 'não tem mais jeito' e até brincamos com isso", revela.
Fé contagiante
O apego da noiva pelo santo contagia até mesmo quem não frequenta missas. É o caso de Letícia Azevedo, prima da noiva e madrinha do casamento. "A Lorena sempre me chama para as missas, mas eu nunca vou" destaca Letícia que, por conta desta insistência, chama da noiva pelo simpático apelido de "Carola".
"Acho legal ela ter essa fé toda, ser devotada ao santo, participar da trezena. Lorena sempre quis casar. Mesmo eu não sendo uma católica praticante, e até mesmo sendo uma católica meio descrente, eu vou pra igreja com muito prazer, pela Lorena e pelo Sidney", disse a madrinha, que acredita em uma disputa acirrada pelo buquê da noiva - triplamente carregado pela superstição casamenteira: "Pessoalmente eu nunca entro na disputa pelo buquê, mas dessa vez vou ter que ir né?", brinca a madrinha.
Fonte: Portal G1
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