sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A mãe de Pedro Ivo quer justiça – e você?


Às 8 da manhã, Pedro parou para falar com um adolescente da comunidade e fazer um convite: “Domingo tem igreja”.

Aos 19 anos de idade, ele trabalhava no Centro de Distribuição de Alimentos, em Irajá, e estava noivo. Enquanto conversava, policiais do Batalhão de Choque chegaram atirando e todos começaram a correr – menos Pedro. Ele foi morto por um tiro disparado pela polícia.

“Eu sei quem era meu filho. (…) Isso é muito doloroso: ver uma criança com um futuro pela frente tomar um tiro nas costas ou na cabeça” – Helena, mãe de Pedro Ivo

Posicione-se ao lado de Helena e de todas as mães que perderam seus filhos em operações da polícia. É sua assinatura que pode fazer a diferença no caso de Pedro Ivo e tantos outros. Demande justiça agora.

O relatório ‘Você matou meu filho’, lançado este mês pela Anistia Internacional, traz dados inéditos sobre mortes em operações policiais no estado do Rio de Janeiro, e casos como o de Pedro Ivo. Do total de homicídios na capital do Rio de Janeiro em 2014, 15,55% foram cometidos pela polícia, durante operações policiais.

O que o documento mostra é que nem todas as mortes em operações policiais ocorrem em legítima defesa. Para que não haja dúvidas de que a polícia está cumprindo seu dever de proteger a população, todos os casos de mortes que ocorrem em operações policiais devem ser investigados de forma célere e transparente. Posicione-se ao nosso lado por justiça.

Para escrever o relatório, entrevistamos mais de 50 pessoas de comunidades – testemunhas, familiares das vítimas e servidores públicos -, membros das Polícias Civil e Militar, especialistas do campo da segurança pública e defensores públicos do estado. Também tivemos acesso a registros de ocorrência, atestados de óbito, laudos periciais, inquéritos policiais, fotos e vídeos.

Esta é nossa contribuição como organização de direitos humanos. Vamos continuar mobilizados por justiça, e por uma política de segurança pública mais transparente, que respeite direitos fundamentais e defenda a população.
 
Por Atila Roque enviado para o Portal Geledés

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