terça-feira, 27 de outubro de 2015

Temperatura no Golfo pode exceder limite tolerável até final do século, diz estudo

Essas superações de uma só vez intervir em grandes cidades como Abu Dhabi (foto), Doha, Dubai, Dhahran e Bandar Abbas

Caso as emissões de gases de efeito estufa continuem a aumentar, os picos de calor úmido poderiam exceder o limite tolerável para os seres humanos no Golfo até o final do século, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira.

O corpo humano pode se adaptar a temperaturas extremas graças à transpiração, desde que a temperatura de condensação, que mede tanto a temperatura quanto a umidade, "permaneça num limiar de 35 graus", escrevem os autores do estudo, publicado pela revista Nature Climate Change.

"Este limiar define o limite da capacidade de sobrevivência para um homem em boa forma em um ambiente externo bem ventilado e é inferior para a maioria das pessoas", escrevem os pesquisadores Jeremy Pal, professor da Loyola Marymount University em Los Angeles e Elfatih Eltahir, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Cambridge (EUA).

"Para além deste limiar, o corpo não consegue arrefecer e a sobrevivência ao ar livre até mesmo dos indivíduos jovens e saudáveis está seriamente ameaçada", dizem.

Com base em simulações climáticas regionais, os investigadores estimam que "picos de temperatura úmidas na região do Golfo provavelmente vão persistir e ultrapassar o limiar crítico" caso as emissões de gases de efeito estufa continuem sua trajetória atual.

Essas superações de uma só vez intervir em grandes cidades como Abu Dhabi, Doha, Dubai, Dhahran e Bandar Abbas, disseram.

"Dentro de alguns anos", poderiam "ter um impacto significativo sobre os rituais do Hajj" em Meca, durante o qual milhões de peregrinos muçulmanos rezam do lado de fora.

Esses rituais "são suscetíveis de se tornarem perigosos", especialmente para a saúde dos peregrinos mais velhos, já que a peregrinação ocorre no verão, dizem os pesquisadores.

Se o aquecimento não for reduzido de forma significativa, a habitabilidade dessas áreas para os seres humanos "no futuro pode ser severamente impactada", afirmam.


Fonte: UOL

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