quinta-feira, 20 de abril de 2017

Menina de 5 anos reclama de roupas da Gap e CEO acata críticas

CEO responde à carta de menina que reclamou das diferenças entre roupas de meninos e roupas de meninas

Roupas da Gap: menina americana de cinco anos reclama e marca responde (Gap/Divulgação)

São Paulo – Roupas rosas e com imagens de princesas são de meninas. Roupas azuis e com carros ou foguetes são de meninos. Certo? De maneira alguma.

Alice Jacob, uma menina americana de cinco anos de idade, decidiu reclamar diretamente com a Gap sobre essa divisão ilógica entre “roupas de garotas e roupas de garotos”.

Em seis de março, Beth Jacob, a mãe de Alice, publicou uma carta no jornal The Washington Post onde descrevia a infelicidade da menina e da dificuldade em encontrar roupas em lojas.

A mãe também falou sobre como não tem mais sentido, em 2017, promover tal divisão absurda. Ela conta que marcas menores, “indies”, até possuem roupas menos “divididas”, mas elas são caras e poucas. Ela gostaria de ver esse avanço nas lojas de grandes marcas, como a Gap.

A menina, frustrada, decidiu enviar uma carta à Gap, pedindo “camisetas legais” para as meninas. Ela é fã de carros de corrida, dinossauros, esportes, Star Wars, super-heróis e ciência. Mas nunca encontrava uma roupa voltada para ela. Na carta, ela pede uma variedade maior de opções.

A carta , de três de março, é clara:

“Vocês podem fazer uma seção ‘cool’ de camisetas para as garotas? Ou vocês podem fazer uma seção que não seja ‘de meninos’ ou ‘de meninas’, mas apenas uma seção ‘para crianças’?”, ela diz na carta. Categorias de produtos:A Mandaê te ensina como criar uma página perfeita Patrocinado 

Ela também fala sobre a seção dos meninos:

“Eles têm Superman, Batman, rock’n’roll e esportes. E quanto às garotas que também gostam dessas coisas, como eu e minha amiga Olivia?”, diz.
Resposta da Gap

Quando a carta de Alice ficou famosa, algumas empresas decidiram responder.

A DC Comics, por exemplo, mandou uma carta agradecendo a garota pela iniciativa. Junto da carta, uma caixa cheia de presentes da marca para ela e seu irmão mais velho.

Já a Gap mandou uma carta de resposta do CEO da empresa, Jeff Kirwan.

Na mensagem, ele diz que ela parece “uma garota muito legal e com grande senso de estilo”.

Ele defende que a marca oferece uma grande variedade de roupas e que, para as meninas, há algumas estampas de dinossauros, futebol e heróis.

Mas admite a falha e que há como melhorar:

“Mas você está certa, eu acho que podemos fazer um trabalho melhor e oferecer mais coisas. Eu conversei com nossos designers e eles vão trabalhar em coisas ainda mais divertidas que eu sei você gostará muito”, escreve.

A marca também enviou à garota camisetas de sua última coleção.

Segundo a mãe, a resposta da menina ao ler a carta foi curta: “Uau!”.

Ela agradeceu a mensagem ao CEO e ainda fez mais um pedido: “Vocês poderiam fazer umas camisetas da Fera [de A Bela e a Fera]? Eu gosto dele porque ele é peludinho e parece o Chewbacca [personagem de Star Wars]”.
Problemas

A Gap já teve problemas, no passado, com coleções de roupas que promoveram divisões e desigualdades absurdas entre gêneros.

Em agosto de 2016, a marca recebeu fortes críticas por um e-mail enviado a consumidores britânicos onde apresentava a coleção dos meninos como “little scholar” (“pequeno estudioso”) e a coleção das meninas como “social butterfly” (“borboleta social”).

Já a britânica Tesco também foi alvo de críticas de uma menina em 2016.

Daisy, de oito anos, gravou um vídeo com a mãe onde mostrava, direto de uma loja da marca, a diferença absurda entre as frases das roupas das garotas e dos garotos.

Assista:



Via Exame

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