Até 2012 o serão destinados R$ 1 bilhão para financiar a área cultural. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 25 de novembro, no Rio de Janeiro, pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, e pelo diretor de inclusão social e crédito do BNDES, Elvio Gaspar. A cifra será alçançada por meio da reformulação do Programa de Apoio à Cadeia Produtiva do Audiovisual (Procult).
Além da ampliação dos recursos destinados para a Cultura, foram incluídos outros segmentos e setores - Patrimônio Cultural, Música, Jogos Eletrônicos, Fonográfico, Editorial e Espetáculos ao Vivo. Antes da reformulação apenas o Audiovisual poderia ser beneficiado. Em sua nova fase, a iniciativa receberá o nome de Programa BNDES para o Desenvolvimento da Economia da Cultura - BNDES Procult.
Para o ministro Juca Ferreira, o Banco, além de “apostar na Cultura”, entendeu que a área não pode ser encarada como algo secundário nas políticas públicas brasileiras. “O BNDES reconhece a possibilidade da Economia da Cultura se sustentar e ter acesso ao crédito.”
“A Cultura brasileira tem, hoje, o papel já exercido pelo Futebol, de exportar talentos. Isso porque convivemos bem com a diversidade. Somos a esquina do mundo, o que nos tornou criativos, o que nos dá uma complexidade tal, que está sendo procurada lá fora por vários países”, completou Juca Ferreira.
A política de incentivo à Cultura praticada pelo BNDES faz parte de um processo iniciado ainda na gestão do ministro Gilberto Gil, lembrou Elvio Gaspar. Perceber a existência e a importância da Economia da Cultura, explicou ele, insere o setor no universo produtivo e gerador de emprego e renda para o país.
“Estamos alterando a nossa política de Economia da Cultura, ampliando e revitalizando o Procult, atendendo a novos segmentos. E isso porque consideramos a sugestão do próprio meio cultural, que nos dizia que o apoio através da Lei Rouanet era pouco. Somos fomentadores e embora tenhamos avançado no nosso apoio ao patrimônio, com recursos administrativos, nós nos convencemos de que a Economia da Cultura precisava se auto financiar e ser encarada como negócio”, disse Gaspar.
Com a mudança, além de abranger novos setores, o BNDES Procult passa a dispor de instrumentos financeiros diversificados e complementares: financiamento reembolsável (empréstimo), investimento de renda variável e apoio não reembolsável.
A dotação orçamentária de R$ 1 bilhão será distribuída por meio seguintes subprogramas: até R$ 500 milhões para o Procult - Financiamento; até R$ 200 milhões para o Procult - Renda Variável; e até R$ 300 milhões para o Procult - Não Reembolsável. Cerca de 90% da dotação é constituída por recursos próprios do BNDES, sendo os demais R$ 100 milhões referentes à renúncia fiscal prevista nas leis federais de incentivo à Cultura (Lei Rouanet e Lei do Audiovisual).
(Texto: Grazielle Machado e Marcelo Lucena, Comunicação Social/MinC)
(Foto: Assessoria de Imprensa do BNDES)
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