sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Racismo, Aqui Não! - AryGil

O irreverente AryGil se define como compositor, bikerman e anônimo mais conhecido de Salvador, muito conhecido no meio cultural, está sempre bem humorado e é categórico quando o assunto é sua vida, afirma“a minha história dá uns 5 livros”. Vamos saber um pouco sobre o que ele que é pra lá de singular pensa sobre o racismo.


Maria Preta - Você acha que existe Racismo na Bahia e no Brasil?

Arygil - Claro que existe (basta ir ao Ceará)

MP - Você já foi vitima de algum tipo de discriminação?O que mais te marcou?
AG - Não sei qual o pior se o preconceito ou a discriminação racial, é sabido que vivemos num país em que o disfarce do "racismo"é notório. Qual o negro que não tenha sido discriminado nesse país?

fato:
Uma certa vez na cidade do Rio de Janeiro, estava hospedado num apartamento de luxo cheguei com compras de supermercado e o porteiro aproximou -se e disse-me que eu teria que subir pelo elevador de serviço,estava eu acompanhado de uma pessoa de pele branca não falei nada a ele e quando o elevador "social"(de merda)chegou eu adentrei sem lhes falar nada ,a pessoa que estava comigo sim,armou um barraco dos grandes,depois de muito tempo o porteiro veio pedir- me desculpas.Não lhe respondi,acho que até hoje ele se arrepende de ter nascido, pois ficou sem saber o que passou pela minha cabeça, já que não lhe dirigi uma palavra...

MP - Em sua opinião o que precisa ser feito para mudar esse quadro?
AG- É necessário que todos que lutam por igualdade deixem a "máscara" de lado e sejamos mais verdadeiros, íntegros, realistas e acima de tudo humildes para formarmos uma irmandade de verdade , sem egoísmos...

MP - O que você acha da nossa campanha de reflexão social Racismo, Aqui Não?

AG - Toda forma de combate a intolerância racial e discussão sobre este tema sempre será emblemático, portanto vamos a luta e parabéns pela iniciativa do Instituto Maria Preta
que abre mais um espaço democrático.

Obrigado AryGil

Um comentário:

Anônimo disse...

Às vezes, alias, muitas vezes, se vê racismo onde não tem. Eu sou branca, mas as regras do pédio onde moro são claras: para subir com compras do supermercado, se usa o elevador de serviço. Tenhos amigos negros, e muitos, que nunca sofreram preconceito.

Rita

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