segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Festival de Brasília discute produção audiovisual infantil


A população infantil consumidora de produtos audiovisuais brasileiros, como produções de cinema, está abandonada no Brasil. A avaliação é da produtora cultural Carla Esmeralda, que dirige o Festival Internacional de Cinema Infantil com a cineasta Carla Camurati, desde 2003.
No primeiro dia de debates do Fórum de Defesa e Promoção do Cinema Infantil Brasileiro, que integra a programação do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Carla destacou que o problema no Brasil não está limitado à falta de recursos, mas também à falta de articulação das leis do audiovisual que regulam os investimentos. “A partir do quanto se tem [recursos], podemos construir um novo mercado e desobstruir problemas que afetam o audiovisual infantil, como a distribuição das produções”, disse.

Segundo ela, mercados como a Dinamarca e Holanda deveriam ser vistos como exemplo pelos brasileiros. A Dinamarca destina 25% de todos os investimentos de audiovisual para as produções infantis. “É um país de 6 milhões de habitantes. Aqui devemos ter algo em torno de 25 milhões de crianças. É uma população imensa e você tem que legislar a favor dessa população”, disse.
No caso da Holanda, o chamado “filme familiar”, segmento voltado para pais, mães e filhos, reúne 500 mil espectadores. “Temos que descobrir no Brasil qual é a nossa tendência. Temos que começar a fazer para entender qual a resposta das nossas crianças. Já vejo filmes brasileiros que as crianças gostam muito, as crianças brasileiras gostam muito de comédia, por exemplo”.
Os debates em torno de temas como a distribuição e produção de filmes infantis no Brasil, eventos e festivais de cinema para esse público, mercado dos filmes de animação e as novas perspectivas para o segmento será concluído nesta quarta-feira (19/9). As propostas apresentadas durante o fórum serão entregues, em um documento, aos representantes da Comissão de Educação e Cultura do Senado Federal, do Ministério da Cultura, do Ministério da Educação e à Presidência da República.
*Com informações da Agência Brasil

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