
Agora Leela tem 35 anos, é doutora especialista em biologia da conservação e dedica sua vida, precisamente, à conservação de leões na África. Durante os estudos, ela morava em uma casa da árvore, onde começou a observar o rápido declínio dos leões africanos devido à perda de habitats e a conflitos com humanos.
A experiência acabou levando Leela para a tribo de guerreiros Maasai, que tem tradição de matar leões. Ela passou um ano vivendo entre os Maasai para entender a relação da tribo com os animais que matavam. Então descobriu que os Maasai têm uma vida na maior parte pastoral e dependem de seus rebanhos. Usam eles para diversos fins, como para alimentar as famílias e conseguir dinheiro. Quando perdem suas vacas (a principal fonte de subsistência), eles não têm mais nada. Os Maasai retalham e matam os leões precisamente por causa disso, o que acabou por virar uma tradição que também traz enorme prestígio para o guerreiro capaz de matar os felinos.
Com o passar do tempo, os Maasai começaram a se abrir com Leela, contando histórias. Foi aí que ela teve a grande ideia e fundou a “Lion Guardians”, ou “Guardiões dos Leões”, em 2007. Uma ONG que tem por objetivo transformar os guerreiros Maasai em protetores destes animais.
Leela foi visionária, e percebeu que os Maasai seriam os melhores protetores dos leões, lhes mostrou os benefícios de proteger os animais, com ênfase na preservação da cultura e métodos para reduzir o conflito entre os humanos e os leões.
Hoje ser um guardião é uma honra muito maior para as pessoas da tribo. O programa teve grande sucesso na região, impedindo em 99% as mortes de leões. “Eu sei que nós estamos fazendo a diferença. Quando me mudei para cá, eu nunca ouvia leões rugindo. Mas agora eu ouço leões rugindo o tempo todo”, diz Leela.
Todas as fotos: Reprodução
Fonte: Razões para Acreditar
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