sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Precursor do aquapaisagismo, Takashi Amano morre aos 61 anos


Takashi Amano poderia ter sido apenas um bem sucedido ciclista profissional. Em mais de mil corridas, ele obteve sucesso, ganhou dinheiro e viajou o mundo. Mas esse japonês amava mergulhar e tirar fotos do fundo do mar e resolveu deixar sua marca histórica de outro jeito. Foi mergulhando que ele teve a ideia de levar aquelas paisagens para dentro de um aquário. Amano criou um estilo de imitação da natureza. "O peixe é um detalhe", resumiu sua obra recentemente em uma entrevista.
O japonês morreu no dia 04 de agosto, aos 61 anos, em decorrência de uma pneumonia.

Em três décadas, Amano criou novas técnicas e levou para debaixo d'água os conceitos de jardim japonês e arte wabi-sabi (a busca da beleza na imperfeição e a criação do caos controlado). Sua empresa, a Aqua Design Amano (ADA) cria aquários de grande porte para hoteis, restaurantes e embaixadas, vende produtos de primeira linha para quem quer levar o hábito a sério e ainda organiza a competição internacional de aquarismo natural, a IAPLC, que teve 2545 inscrições de 69 países, em 2015. O concurso teve até um brasileiro no pódio: o coordenador de TI Marcelo Tonon chegou ao mais alto posto conquistado por um conterrâneo no concurso internacional: o terceiro lugar.

O hobby, no Brasil, foi impulsionado pelos fóruns de discussão da internet e, posteriormente pelos concursos de layout e hoje é mais forte nos estados de São Paulo e Paraná. O Concurso Brasileiro de Aquapaisagismo (CBAP) recebeu 98 inscrições em 2014. Para participar, os candidatos enviam as fotos de seus aquários que são preparados com detalhismo durante muitos meses e revelam os tipos de peixes e plantas e as técnicas usadas para se obter aquele resultado. Um aquário digno de competição pode chegar a custar R$ 15 mil. 
 
Débora Nogueira
Do UOL, em São Paulo (SP)

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