quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Empresas e famosos investem na construção do 'eu como marca'


O eu como marca

São Paulo - A construção do "personal branding", antes informal e pouco praticada no Brasil, começa a se tornar uma prática comum e aquecer novos negócios por aqui.

Com empresas com poucos anos no mercado ou recém abertas, a tendência é mais trabalho para atender a demanda que não para de crescer.

Artistas, atletas e personalidades estão percebendo, aos pouco, a importância - e o poder - de se construir uma marca forte em torno de sua persona. 

Ao gerenciar e pensar todos os aspectos de suas vidas - aparência, dia a dia, vida profissional, vida pessoal, relações com empresas e suas marcas, vida e presença online -, essas personalidades querem construir o seu "eu como marca" da forma mais sólida possível.

A partir de um nome e imagem fortes, os caminhos para novos negócios, parcerias e participação em novas campanhas publicitárias estão abertos. E com isso, claro, lucros polpudos.

Recentemente, um relatório da JWT Intelligence dos EUA listou as 100 tendências de 2015 no mundo das marcas, consumo, tecnologia, política e estilo de vida.

Entre as centenas de páginas, dois pontos chamam a atenção quando se pensa em personal branding.

Primeiro: é tendência para 2015 o "eu como marca", o que eles chamam de "me brands". A geração dos millenials estão deixando de ser apenas consumidores para se desenvolverem eles mesmo como marcas - fazendo curadoria de sua imagem online, se monetizando via mídias sociais e produzindo conteúdos. Nisso, entram não só os famosos, mas aqueles anônimos que sonham com a fama.

O segundo ponto: artistas e atletas podem se preparar para construir uma imagem forte porque as empresas vão demandar isso. Elas estão de olho em quem pode agregar um valor real a elas. Segundo o estudo, as celebridades estão deixando de ser apenas "um rosto da marca" para se tornarem parceiras nos negócios. Para esse clube, claro, só quem tem uma imagem sólida e um valor palpável será chamado.

Para Marco Serralheiro, diretor da agência 9ine, "as personalidades ainda têm dificuldade em entender que precisam de ajuda. Claro, elas chegaram num lugar de sucesso, conquistaram o que queriam. Mas precisam de ajuda para construir uma imagem".

Pedro Tourinho, criador da agência NoPlanB, concorda: "Ainda é difícil para os próprios artistas perceberem que eles podem ser ajudados, que há outras formas de fazer as coisas - com menos informalidade e mais profissionalismo".


Fonte: Exame.com

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