Artistas plásticos celebram músico brasileiro em exposição na ONU.
Divulgação Quadro de Ferjo em homenagem a Villa-Lobos. |
Mais uma vez a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque é palco de uma importante exposição brasileira. “Tributo a Villa-Lobos” mostra trabalhos de 22 artistas brasileiros, numa justa homenagem a um dos mais expressivos nomes da música de todos os tempos.
A exibição vai de 26 de outubro a 6 de novembro. A abertura oficial no dia 30 de outubro, das 6pm às 9pm, traz os músicos Caroline Braga, Lívia Sandoval, Daniel Duarte e Dênis Hurtado como convidados especiais. O coquetel só vai acrescentar mais brasilidade ao evento.
Curada por Alcinda Saphira, Renê Nascimento e Antônio Oliveira, a exposição traz ainda obras das portuguesas Cila Santos e Isabel Amaro, e de artistas descendentes de 7 etnias indígenas. As obras são de artistas de New Jersey, Nova Iorque e Boston, Massachusetts, e até mesmo de artistas que moram no Brasil.
De acordo com Alcinda, o tema Villa-Lobos, aliado ao incentivo do Departamento de Língua Portuguesa da ONU, torna o evento ainda mais brasileiro. O músico homenageado era um visionário, dotado de extrema criatividade e representa muito para a cultura brasileira. Dia 17 de novembro é o cinquentenário de morte de Villa-Lobos. É um verdadeiro orgulho para os artistas participar do evento.
Heitor Villa-Lobos se inspirou em sons da Floresta Amazônica e dos índios para compor as obras. Com “Africanas” (1914), descobriu uma linguagem própria, a qual se firmou quando compôs “Amazonas e Uirapuru” (1917). Autor das famosas “Bachianas Brasileiras” (1930-1945), viajou ao Norte e Nordeste brasileiros. O interior do país que tanto amava influenciou “Miudinho”, “Cair da Tarde”, “Xangô” e “Quadrilha”.
Cor e música para o maestro
O trem produzido por D. Finotto faz alusão ao “Trenzinho Caipira” do Maestro Villa-Lobos. Ed Ribeiro preferiu uma Yemanjá estilizada, e Ferjo usou de muitas cores e perspectivas, acompanhadas de um belo piano. Também não faltaram instrumentos musicais nas obras de Luciano Lima e Alexandre Emmanuel. Para Ricardo Nascimento, nada melhor do que bordados com simples casas. As notas musicais de Shizue dançam num mar vermelho.
Participam ainda Artur Moreira, Flory Menezes, Arlete Costa, Arnaldo Garcez, Astride Rosa, Júnia d’Affonseca, Deborah Costa, Maria Antônia, Sandra Romano, Lúcia Tolentino, Íris Alvarez, Laila Guimarães, Czanotti, Ce Granito e Cássia Maia. Os artistas indígenas, que trouxeram machetaria e acrílico sobre tela são Duhigo, Dhiani, Pa’saro, Sanipa, Too Xac Wa, Yupury, Tchanpan, Kawena e Iwiri-Ki. Todos eles são membros do Instituto Dirson Costa de Arte e Cultura Amazônicas (IDC), batizado com o nome de um ex-aluno de Villa-Lobos.
Todos os artistas sem exceção ficaram muito entusiasmados em participar do evento. De acordo com Alcinda, alguns deles passaram dois meses em função da exposição. A curadora acredita que este trabalho possa ajudar a expandir muito mais a já positiva imagem de Villa-Lobos no mundo.
Para participar da recepção de abertura é preciso confirmar presença através do e-mail alcindas@aol.com. A entrada para a abertura oficial só sera permitida das 6pm às 7pm. A visitação é de segunda a sexta-feira, das 9am às 5pm. Por ser uma área de acesso restrito da ONU, é preciso também confirmar presença através do mesmo endereço de e-mail. “Tributo a Villa-Lobos” estará no Secretariat South Lobby da ONU, 46th Street com a 1ª Avenida.
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