quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Emanoel Araújo monta megaexposição em Salvador

A mostra enfoca a cultura do Benin com peças e expressões artísticas ligadas às tradições e à contemporaneidade


Com uma numerosa equipe própria vinda de São Paulo e apoio de trabalhadores locais, o artista plástico Emanoel Araujo, atual curador do Museu Afro-Brasil (SP ) ex-diretor da Pinacoteca de São Paulo, iniciou em Salvador a montagem da megaexposição internacional Benin está vivo e ainda lá – ancestralidade e contemporaneidade, que será aberta ao público no dia 19 de novembro. A mostra é a primeira realização do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), instituição federal que está sendo implantada no Centro Histórico de Salvador, com recursos do Ministério da Cultura.

Um diferencial da mostra é que ela será apresentada em meio ao canteiro de obras do Museu, que somente será inaugurado em 2010. “Queremos com isso mostrar que somos um museu em processo”, explica José Carlos Capinan, coordenador da Associação dos Amigos da Cultura Afro-Brasileira(Amafro), responsável pela processo de instalação do Muncab.

A exposição, considerada a mais importante evento da arte beniense no mundo, vai ocupar os dois pavimentos do prédio em estilo neo-clássico que abrigará o museu, localizado na Rua do Tesouro. São cerca de 300 trabalhos que traduzem a criatividade artística e os valores culturais do Benin, minúsculo país africano que guarda extrema ligação histórico-cultural com o Brasil e, em particular, com a Bahia, desde o período da escravidão. As peças (pinturas, esculturas, instalações, máscaras, etc) remetem às fortes tradições benienses, mas também contemplam a contemporaneidade do Benin, marcada por estilos audaciosos e vanguardistas de interpretação artística da realidade. “Esta exposição é uma verdadeira oferenda à Bahia, que resgata nossa ancestralidade, encontra nossas tradições”, observa Capinan.

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