Não foi à toa que os os norte-americanos Coco Montoya e José James foram cotados para fazer a abertura do JF Jazz & Blues Festival, que acontece nesta quinta, às 21h, no Cine Theatro-Central. "Na verdade, a ideia do evento começou com estes dois artistas. Queríamos trazer nomes da primeira linha do blues e do jazz. Como já tínhamos produzido shows deles aqui no Brasil, aproveitamos que eles viriam fazer uma turnê pelo país e arranjamos tudo. É uma união muito legal, que já deu certo. O público brasileiro gosta do que vê no palco, e nada melhor do que iniciar um festival com estes dois astros do blues internacional", diz um dos produtores do evento e um dos grandes nomes do blues brasileiro, Big Joe Manfra.
Pela terceira vez em terras brasileiras, o californiano Coco Montoya é hoje considerado pela crítica especializada um dos principais representantes do blues moderno. Com carreira solo desde 1993, ele viaja pelo mundo, levando sua pegada blues rock, sempre com sua inseparável Stratocaster. Influenciado por nomes como Albert Collins, Freddie King, B.B. King, Lowell Fulson, Eric Clapton, Mick Taylor e Peter Green, o cantor e guitarrista traz para o show em Juiz de Fora um repertório baseado em seu último CD "I want all back", produzido pelos músicos Keb Mo e Jeff Paris - que também fizeram participações no álbum - e outras canções de sua carreira.
Embora ele tenha se destacado no cenário musical do blues dedilhando sua fiel guitarra, foi no rock que Coco Montoya iniciou sua trajetória musical, mais especificamente como baterista da banda do lendário bluesman Albert Collins, a quem considera seu mentor. "Albert Collins foi uma influência como músico, mas também como um bom amigo e figura do pai. Ele me orientou musicalmente, mas também me auxiliou para que eu não tivesse problema", disse em recente entrevista à imprensa brasileira. Já na década de 80, tornou-se baterista de uma das maiores bandas de blues, a Bluesbreakers, de John Mayall.
Do blues para o jazz
Não se assuste se, nesta noite, ao chegar ao Cine Teatro-Central para assistir à apresentação de José James, você ficar com a sensação de estar em um show de um rapper. Dono de um estilo despojado, que inclui boné e tênis All Star, e contando com 33 anos, o músico foi apontado pela revista californiana "Jazz Times" como o "salvador do jazz". Com sua voz de barítono, que o faz se destacar no panorama da música negra, sua marca é oferecer ao público uma mistura de hip-hop, soul music e releituras de pérolas do jazz moderno."Não quero mais ser tratado como um cantor de jazz. Perceber que o jazz é apenas um rótulo foi algo libertador para mim. Quero que minha música não fique confinada a fronteira", afirmou à imprensa.
De passagem por Juiz de Fora depois de ter se apresentado em festivais de São Paulo, Rio Grande do Norte e outras cidades de Minas Gerais, o cantor promete um set list do álbum "No Beginning, no End", gravado recentemente pela Blue Note e previsto para ser lançado em janeiro de 2013. A plateia pode esperar um intérprete em harmonia com ídolos do jazz, soul e R&B, como Billie Holiday, Dinah Washington e Johnny Hartman, Marvin Gaye, Donny Hathaway e Roberta Flack."José é um cantor que faz uma linha do jazz diferenciada. Ele é muito técnico e muito afinado, bastante influenciado pela música negra", destaca Big Joe Manfra.
José James entrou na cena internacional há quatro anos, quando estreou o disco "The Dreamer", escolhido com um dos Top 50 jazz albums de 2008, pela JazzTimes. De lá para cá, já se apresentou em grandes festivais do mundo, como o North Sea Jazz Festival, Montreal Jazz Festival e Rio das Ostras Jazz & Blues Festival. Em sua recente trajetória musical, já gravou com Junior Mance, Chico Hamilton, Nicola Conte, Basement Jaxx, Jazzanova, Tshio Matsuura, entre outros.
Ainda na programação, a música de Juiz de Fora será representada pelo som instrumental do Quinteto São do Mato. No roteiro, estão composições do violinista e diretor musical Chadas Ustuntas, Hermeto Pascoal, Moacyr Santos e Baden Power. Compondo a banda, Chadas Ustuntas (violão de 11 cordas e saxofones), Nara Pinheiro (flauta transversa), Márcio Guelber (violão e acordeom), Maíra Delgado (percussão) e Henrique Nogueira (bateria e tambores) prometem apresentar uma mistura de ritmos brasileiros, toques africanos, música latina e cigana.
Som sem rótulos
Se você quer curtir um som que mistura a energia do rock, a densidade do blues e o balanço da música brasileira, uma boa pedida é o show que a banda carioca Blues Etílicos leva esta noite para o Cultural Bar, integrando o JF Jazz & Blues Festival. "Nossa música tem um pouco mais de peso, de massa sonora. Como a tendência hoje é rotular, somos qualificados como blues rock, mas nosso show tem de tudo, até MPB. Ao mesmo tempo em que a nossa performance é bem animada e dançante, ela tem a profundidade característica do blues", diz o gaitista e um dos fundadores do grupo, Flávio Guimarães.
Presença constante nos palcos da cidade, Flávio destaca que, para a apresentação deste sábado, a trilha sonora será baseada no último DVD gravado totalmente ao vivo, sem deixar de lado releituras de clássicos de cantores como Raul Seixas: "Cerveja", "Dinossauro manco", "Dente de ouro" e "Canceriano sem lar". "Não fazemos covers, pegamos a canção de outros artistas e colocamos um arranjo nosso. Fazemos com que as melodias soem com a nossa cara." Taxada como a mais popular banda de blues rock em atividade do país, a Blues Etílicos foi formada em em 1985, por iniciativa de Flávio Guimarães, do baixista Cláudio Bedran e do guitarrista Otávio Rocha. Comemorando 27 anos de estrada, a banda já dividiu os palcos com nomes como Ed Motta, B.B. King, Robert Cray e Buddy Guy. A abertura e o fechamento da noite fica por conta da banda local Mamão d'água. A casa abre às 23h.
JF Jazz & Blues Festival
Coco Montoya e José James
Hoje, às 21h - Cine Theatro-Central
Blues Etílicos
Sábado, às 23h
Cultural Bar-(Av. Deusdedit Salgado 3.955 - Salvaterra)
Pela terceira vez em terras brasileiras, o californiano Coco Montoya é hoje considerado pela crítica especializada um dos principais representantes do blues moderno. Com carreira solo desde 1993, ele viaja pelo mundo, levando sua pegada blues rock, sempre com sua inseparável Stratocaster. Influenciado por nomes como Albert Collins, Freddie King, B.B. King, Lowell Fulson, Eric Clapton, Mick Taylor e Peter Green, o cantor e guitarrista traz para o show em Juiz de Fora um repertório baseado em seu último CD "I want all back", produzido pelos músicos Keb Mo e Jeff Paris - que também fizeram participações no álbum - e outras canções de sua carreira.
Embora ele tenha se destacado no cenário musical do blues dedilhando sua fiel guitarra, foi no rock que Coco Montoya iniciou sua trajetória musical, mais especificamente como baterista da banda do lendário bluesman Albert Collins, a quem considera seu mentor. "Albert Collins foi uma influência como músico, mas também como um bom amigo e figura do pai. Ele me orientou musicalmente, mas também me auxiliou para que eu não tivesse problema", disse em recente entrevista à imprensa brasileira. Já na década de 80, tornou-se baterista de uma das maiores bandas de blues, a Bluesbreakers, de John Mayall.
Do blues para o jazz
Não se assuste se, nesta noite, ao chegar ao Cine Teatro-Central para assistir à apresentação de José James, você ficar com a sensação de estar em um show de um rapper. Dono de um estilo despojado, que inclui boné e tênis All Star, e contando com 33 anos, o músico foi apontado pela revista californiana "Jazz Times" como o "salvador do jazz". Com sua voz de barítono, que o faz se destacar no panorama da música negra, sua marca é oferecer ao público uma mistura de hip-hop, soul music e releituras de pérolas do jazz moderno."Não quero mais ser tratado como um cantor de jazz. Perceber que o jazz é apenas um rótulo foi algo libertador para mim. Quero que minha música não fique confinada a fronteira", afirmou à imprensa.
De passagem por Juiz de Fora depois de ter se apresentado em festivais de São Paulo, Rio Grande do Norte e outras cidades de Minas Gerais, o cantor promete um set list do álbum "No Beginning, no End", gravado recentemente pela Blue Note e previsto para ser lançado em janeiro de 2013. A plateia pode esperar um intérprete em harmonia com ídolos do jazz, soul e R&B, como Billie Holiday, Dinah Washington e Johnny Hartman, Marvin Gaye, Donny Hathaway e Roberta Flack."José é um cantor que faz uma linha do jazz diferenciada. Ele é muito técnico e muito afinado, bastante influenciado pela música negra", destaca Big Joe Manfra.
José James entrou na cena internacional há quatro anos, quando estreou o disco "The Dreamer", escolhido com um dos Top 50 jazz albums de 2008, pela JazzTimes. De lá para cá, já se apresentou em grandes festivais do mundo, como o North Sea Jazz Festival, Montreal Jazz Festival e Rio das Ostras Jazz & Blues Festival. Em sua recente trajetória musical, já gravou com Junior Mance, Chico Hamilton, Nicola Conte, Basement Jaxx, Jazzanova, Tshio Matsuura, entre outros.
Ainda na programação, a música de Juiz de Fora será representada pelo som instrumental do Quinteto São do Mato. No roteiro, estão composições do violinista e diretor musical Chadas Ustuntas, Hermeto Pascoal, Moacyr Santos e Baden Power. Compondo a banda, Chadas Ustuntas (violão de 11 cordas e saxofones), Nara Pinheiro (flauta transversa), Márcio Guelber (violão e acordeom), Maíra Delgado (percussão) e Henrique Nogueira (bateria e tambores) prometem apresentar uma mistura de ritmos brasileiros, toques africanos, música latina e cigana.
Som sem rótulos
Se você quer curtir um som que mistura a energia do rock, a densidade do blues e o balanço da música brasileira, uma boa pedida é o show que a banda carioca Blues Etílicos leva esta noite para o Cultural Bar, integrando o JF Jazz & Blues Festival. "Nossa música tem um pouco mais de peso, de massa sonora. Como a tendência hoje é rotular, somos qualificados como blues rock, mas nosso show tem de tudo, até MPB. Ao mesmo tempo em que a nossa performance é bem animada e dançante, ela tem a profundidade característica do blues", diz o gaitista e um dos fundadores do grupo, Flávio Guimarães.
Presença constante nos palcos da cidade, Flávio destaca que, para a apresentação deste sábado, a trilha sonora será baseada no último DVD gravado totalmente ao vivo, sem deixar de lado releituras de clássicos de cantores como Raul Seixas: "Cerveja", "Dinossauro manco", "Dente de ouro" e "Canceriano sem lar". "Não fazemos covers, pegamos a canção de outros artistas e colocamos um arranjo nosso. Fazemos com que as melodias soem com a nossa cara." Taxada como a mais popular banda de blues rock em atividade do país, a Blues Etílicos foi formada em em 1985, por iniciativa de Flávio Guimarães, do baixista Cláudio Bedran e do guitarrista Otávio Rocha. Comemorando 27 anos de estrada, a banda já dividiu os palcos com nomes como Ed Motta, B.B. King, Robert Cray e Buddy Guy. A abertura e o fechamento da noite fica por conta da banda local Mamão d'água. A casa abre às 23h.
JF Jazz & Blues Festival
Coco Montoya e José James
Hoje, às 21h - Cine Theatro-Central
Blues Etílicos
Sábado, às 23h
Cultural Bar-(Av. Deusdedit Salgado 3.955 - Salvaterra)
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