terça-feira, 25 de outubro de 2011

Por que o Brasil não está no ranking das 100 cidades inovadoras


Empresas brasileiras ainda investem pouco em inovação, mas especialistas apostam na mudança deste cenário nos próximos anos

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Divulgação
São Paulo – O Brasil deixou a desejar e não figurou na lista das 100 cidades mais inovadoras do mundo em 2011, segundo levantamento realizado pela firma de pesquisa australiana 2thinknow. O gargalo, segundo especialistas, está na falta de cultura das companhias nacionais em investir em pesquisa e desenvolvimento (P&D), o que seria fortemente positivo para as próprias empresas.
A avaliação é de analistas consultados porEXAME.com. Para eles, a ausência do Brasil no levantamento não é uma surpresa, mas sim preocupante, principalmente levando em conta o fato de o país ser a 7ª economia do mundo.
Boston, a cidade que foi eleita como a mais inovadora do mundo, é reconhecida no ranking não apenas pelas grandes universidades que possui, como Harvard e o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês), mas também pela quantidade de companhias que apostam em P&D para desenvolver novos produtos e lucrar com isso.
Na contramão, as cidades brasileiras ainda batalham neste sentido. Embora muitas pesquisas sejam feitas atualmente e o registro de patentes continue crescendo, ainda há muito esforço sendo feito para concluir parcerias entre as empresas e as universidades.
“Falta entre os brasileiros um pouco de cultura de inovação, inclusive entre o empresariado”, explica Rogério Filgueiras, coordenador-adjunto da Agência de Inovação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “O empresário brasileiro é avesso ao risco, principalmente levando em consideração o processo histórico do País.”

Por conta disso, “grande parte dos estudos foi feita em universidades, e não nas companhias, onde o produto é desenvolvido, produzido e aperfeiçoado e, posteriormente, chega até os consumidores”, acrescenta.
De acordo com a Pintec (Pesquisa de Inovação Tecnológica, divulgada pelo IBGE), a quantidade de companhias que declararam ter introduzido pelo menos uma inovação em seus projetos aumentou apenas 5%, passando de 33,4% entre 2003 e 2005 para 38,4% entre 2006 e 2008, segundo o último balanço.
Fonte : Marcel Salim de Exame.com

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