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segunda-feira, 21 de maio de 2012

TERÇAS CULTURAIS NA CASA DA LEITURA O CINEMA LITERÁRIO E MUSICAL DE ALBERTO CAVALCANTI


Do inicio de suas atividades no cinema por volta de 1922, em Paris,até sua morte sessenta anos depois, Alberto Cavalcanti tornou-se um dos brasileiros mais famosos do cinema mundial. Participou dos principais movimentos vanguardistas da época e foi precursor do Realismo e do Naturalismo no cinema. Seus documentários dos anos 30 em Londres são considerados clássicos do gênero.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Literatura: Alma Inquieta, por Olavo Bilac

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PARTE I

A AVENIDA DAS LÁGRIMAS

A um Poeta morto.
Quando a primeira vez a harmonia secreta
De uma lira acordou, gemendo, a terra inteira,
- Dentro do coração do primeiro poeta
Desabrochou a flor da lágrima primeira.
E o poeta sentiu os olhos rasos de água;
Subiu-lhe â boca, ansioso, o primeiro queixume:
Tinha nascido a flor da Paixão e da Mágoa,
Que possui, como a rosa, espinhos e perfume.
E na terra, por onde o sonhador passava,
Ia a roxa corola espalhando as sementes:
De modo que, a brilhar, pelo solo ficava
Uma vegetação de lágrimas ardentes.
Foi assim que se fez a Via Dolorosa,
A avenida ensombrada e triste da Saudade,
Onde se arrasta, à noite, a procissão chorosa
Dos órfãos do carinho e da felicidade.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A mística das antigas brincadeiras infantis


Mãe Stella entre os amigos e companheiros de jornada
Graziela e pai Ribamar apreciando a Revista Maria

Maria Stella de Azevedo Santos
Muito me assustou ouvir pela televisão que crianças de apenas quatro anos de idade já estão sendo levadas aos consultórios médicos com: dores nos músculos, articulações e nervos decorrentes de esforços repetitivos pelo uso excessivo e sem disciplina de aparelhos eletrônicos; dores na coluna por uso de sapatos inadequados para a idade, sapatos com saltos que causam desajustes no esqueleto ainda em formação; obesidade, diabetes e pressão alta por falta de movimentos físicos. Se o moderno estilo de vida é excelente para o desenvolvimento cerebral das crianças, o mesmo não é possível dizer em relação a um correto e saudável desenvolvimento físico e psicológico.

domingo, 9 de outubro de 2011

Nelson Motta lança livro sobre Glauber Rocha na Bienal do Livro da Bahiao da postagem


Nelson Motta participará de um bate papo com os visitantes da Bienal do Livro da Bahia, no Centro de Convenções, no dia 6 de novembro. Gratuito e aberto ao público, a conversa faz parte da programação do Café Literário.
Com o tema “Biografia: em busca de uma grande história”, o crítico musical irá abordar os requisitos necessários para o sucesso comercial de uma biografia, além do limite entre o jornalismo e a literatura na construção do texto e outras questões polêmicas.
Nelson Motta também aproveita para lançar seu novo livro, uma biografia sobre o cineasta baiano Glauber Rocha. “Primavera de Dragão”. Lnçamento nacional do livro está previsto também para outubro, pela Editora Objetiva.
A obra fala dos anos dourados de Glauber. Um dos capítulos de destaque intitula-se “Primavera em Paris, Outono no Rio”, nele voltam à cena os dias tumultuados que marcaram o País depois do golpe militar de 1964.
Preparando-se para tomar o rumo de Cannes, onde participaria do festival com um de seus filmes que se tornariam célebres, “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, Glauber estava na capital francesa ao lado do poeta e diplomata Vinícius de Moraes.
fonte> Correio

10ª Bienal do Livro da Bahia 2011

Salvador se prepara para receber o maior evento literário do estado.
A Bienal do Livro Bahia chega a 10ª edição prometendo encantar o público que visitar o Centro de Convenções da Bahia entre os dias 28 de outubro a 06 de novembro deste ano. Organizado pela Fagga | GL events, o evento terá uma programação cultural rica e diversificada, promovendo a educação e a cultura, incentivando o hábito da leitura e ações de responsabilidade social.
Além de reunir editoras de todo o país, a Bienal do Livro Bahia possui na programação: Café Literário onde acontecem bate-papos com autores; atividades infantis; Praça de Cordel e Poesia para valorização e resgate do folclore brasileiro; Sessões de Autógrafos; lançamentos de livros e visitação orientada para escolas. Mas os visitantes podem esperar por muitas outras novidades. A cada edição a Bienal apresenta atrações inovadoras, com momentos inesquecíveis de entretenimento para os apaixonados pela literatura.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dilma: Mulher ou militante, por Maria Rita Kehl


Por Maria Rita Kehl 
Postado em 24 de agosto de 2011 (9:45) .
Na trajetória de Dilma, pesa menos a questão de gênero, tanto que ela recusou o estereótipo maternal que faria par ao paternal Lula. Por Maria Rita Kehl. Foto: AP
Que diferença representa para o Brasil a eleição, pela primeira vez na nossa história, de uma presidente mulher? No plano simbólico, é evidente que a escolha de Dilma Rousseff para presidente ou presidenta do Brasil revela a ausência, ou pelo menos a irrelevância dos preconceitos sexistas na determinação do voto de grande parte dos brasileiros. Também não houve, em público, manifestações machistas em reação aos primeiros problemas enfrentados pela presidenta.

Rompendo o cerco midiático - Esperamos que nos próximos meses possamos avançar em lutas unitárias para que a comunicação deixe der ser monopólio de poucas famílias e grupos econômicos


24/08/2011 - Editorial da edição 443 do Brasil de Fato
Nunca antes na história da humanidade fomos tão manipulados quanto ao que se conhece do mundo, da realidade. É verdade que os avanços científicos e tecnológicos – rádio, TV, internet etc. – propiciaram a integração de todo o planeta. Mas também impulsionaram as disputas ideológicas, que se acirraram no período da chamada Guerra Fria, favorecendo a formação de complexos centros de produção e difusão de conteúdos de informação, realidades e verdades como nunca visto.
Como são regidos pela lógica do capitalismo, esses fenômenos resultaram na formação de verdadeiros cartéis e monopólios da produção e difusão de informação. Ou seja, são os “especialistas” na produção e venda de notícias. Essas empresas são responsáveis por praticamente tudo o que se lê, ouve e se vê da “realidade”.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Literatura: A Cartomante - Machado de Assis











BAIXE O LIVRO GRATUITAMENTE


Resumo da Obra - A Cartomante, por Machado de Assis


A cartomante é a historia de Vilela, Camilo e Rita envolvidos em um triângulo amoroso. A historia começa numa Sexta-feira de novembro de 1869 com um dialogo entre Camilo e Rita. Camilo nega-se veementemente a acreditar na cartomante e sempre desaconselha Rita de maneira jocosa. A cartomante está caracterizada neste conto como uma charlatã, destas que falam tudo o que serve para todo mundo. É um personagem sinistro, que apesar não ter nem o seu nome revelado, destaca-se como um personagem que ludibria os personagens principais. Rita crê que a cartomante pode resolver todos os seus problemas e angústias. Camilo já no fim do conto, quando está prestes a ter desmascarado seu caso com Rita, no ápice de seu desespero, recorre a esta mesma cartomante, que por sua vez o ilude da mesma forma como ilude todos os seus clientes, inclusive Rita. A mulher usa de frases de efeito e metáforas a fim de parecer sábia e dona do destino de Camilo, este que sai de lá confiante em suas palavras e ao chegar no apartamento de Vilela encontra Rita morta e é morto a queima roupa pelo amigo de infância, que já está sabendo da traição da esposa e o esperava de arma em punho.

Cartas Anônimas livro de Fernando Vita

Muito bom e bastante divertido o "Cartas Anônimas" de Fernando Vita. (Publicitário João Silva)

O livro, lançado pela editora Geração Editorial, narra a história ficcional de uma cidade chamada Todavia, localizada no Recôncavo baiano, onde a peculiaridade está nos seus habitantes que possuem o estranho comportamento de enviar cartas anônimas de todos os gêneros, que destroem reputações, revelam segredos e algumas ricas em humor.

Fernando Vita é jornalista e conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-Ba)

Onde encontrar: Livraria Saraiva

terça-feira, 26 de julho de 2011

Literatura: Cancioneiro - Fernando Pessoa

O Cancioneiro é composto por poemas líricos, rimados e metrificados, de forte influência simbolista. É do Cancioneiro um dos poemas mais célebres de Pessoa, Autopsicografia, em que reflete sobre o fazer poético: "O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm." O leitor atento há de perceber que o poeta parte de uma dor sua, real, integral. Só quem sente uma dor pode fingir outra que não sente. Só quem tem personalidade pode ser ator. Como Fernando Pessoa. Já os leitores, lêem no poema a dor ou o sentimento que lhes falta e que gostariam de ter. Sentem-na ao atribuí-la a poeta.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Literatura: Dom Casmurro, por Machado de Assis


DOM CASMURRO - MACHADO DE ASSIS
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RESUMO

Dom Casmurro é um romance escrito por Machado de Assis em 1899 e publicado pela Livraria Garnier. Foi escrito para sair diretamente em livro, o que ocorreu em 1900, embora com data do ano anterior. Completa a "trilogia realista" de Machado de Assis, ao lado de Memórias Póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba, tendo sido esses dois escritos primeiramente em folhetins.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Leitura: Fernando Pessoa - Poemas


Poemas de Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
Português
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Navegar é Preciso, por Fernando Pessoa

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:

"Navegar é preciso; viver não é preciso".

Quero para mim o espírito [d]esta frase, transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.

Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha. Cada vez mais assim penso.

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade.

É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.




quinta-feira, 21 de julho de 2011

Leitura: William Shakespeare - A Comédia dos Erros


Comédia De Erros 
(WILLIAM SHAKESPEARE)

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Resumo:

Devido a um feudo entre Ephesus e Syracusa foi ordenado que: Qualquer comerciante de Syracusa ou tem de pagar mil marcos ou tem que sofrer a morte. Aegon, um Syracuseano, é preso nas ruas de Ephesus, mas possui só cem marcos. A ele é perguntado por Solinus, o Duque, por que ele se aventurou a vir se sabia a penalidade.

Ele responde que ele foi felizmente casado com Emilia, em Syracusa, e eles tiveram filhos gêmeos que eram precisamente semelhantes - os dois Antipholu.

Só que, ao mesmo tempo uma mulher pobre também deu à luz para juntar os filhos - o dois Dromios. Aegon comprou o Dromios para comor com os próprios filhos gêmeos dele.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Leitura para Todos: A Divina Comédia



Título: A Divina Comédia
Autor: Dante Alighieri
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Resumo do livro:

Ao fazer com que cada terceto antecipe o som que irá ecoar duas vezes no terceto seguinte, a terza rima dá uma impressão de movimento ao poema. É como se ele iniciasse um processo que não poderia mais parar. Através do desenho abaixo pode-se ter uma visão mais clara do efeito dinâmico da poesia: Os três livros que formam a Divina Comédia são divididos em 33 cantos cada, com aproximadamente 40 a 50 tercetos, que terminam com um verso isolado no final. O Inferno possui um canto a mais que serve de introdução a todo o poema. No total são 100 cantos. Os lugares descritos por cada livro (o inferno, o purgatório e o paraíso) são divididos em nove círculos cada, formando no total 27 (3 vezes 3 vezes 3) níveis. Os três livros rimam no último verso, pois terminam com a mesma palavra: stelle, que significa 'estrelas'.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Bahia Cultural II, por Fred Maia

O tom da matéria, Bahia Cultural, escrita pelo André Ferraro me estimulou positivamente a contribuir com a discussão apresentada. Cresci lendo Jorge Amado, fui mobilizado política e esteticamente pelo cinema visceral de Glauber Rocha, "cai na estrada" por causa dos Novos Baianos e sou do Piaui, entendem?

Hoje, o Pernambuco exerce essa mesma força nos jovens do Nordeste e do Brasil inteiro, impulsionado pela energia do mangue beat do Nação Zumbi e Mundo Livre SA (Chico Science, como Glauber, está vivo), mas também, pelo carisma e radical discurso sertanejo/armorial de Ariano Suassuna de a "Pedra do Reino". E fico só nestes dois exemplos, para não me estender longamente sobre a extraordinária produção cultural daquele estado irmão da Bahia e dos outros estados nordestinos. 

Vez ou outra vejo alguém fazendo discurso colocando em oposição essas duas forças criativas do Nordeste, não foi o caso da matéria em tela, produzida com a assinatura do André para o Maria Preta. Acho esse caminho da negação do outro ou da tensão regional, o pior dos caminhos e, compreendo, que talvez a Bahia tenha perdido a capacidade de se "vender" e não a capacidade de se reinventar. Por outro lado, vejo muita gente boa (da arte/cultura baiana) defendendo uma cultura de massa que se repete e envelhece ad nauseam. Honestamente meus amigos, o modelo axé - por exemplo - é a cara dos paulistas de classe média e não tem mais a cara da Bahia. 

Por outro lado, um dos líderes desse "negócio", o genial Carlinhos Brow, não para de transformar, inventar e inventar-se sem esses apelos fáceis de fazer mais do mesmo. Perdoem-me pela intromissão da colher no vatapá dos baianos, mas fico incomodado com certas comparações entre essa iguaria da "boa terra" e o "escondidinho" pernambucano. E aos artistas, que se mexam e saiam daquele comodismo acanhado do pires estendido e beija-mão carlista, no qual foram mal acostumados, para um esforço de idéias e políticas com os novos governantes, que no meu ponto de vista, contribuíram pouco com aquele momento inaugurado pelos baianos Gil/Juca, no Ministério da Cultura. Reconheço que o secretario Marcio Meireles fez o mesmo, mas não teve apoio institucional (governo do PT) nem do setores culturais - o que é uma pena! Em suma, ainda que sabendo sempre se inventar, nos provocando a cada ano, lamentavelmente a Bahia, hoje, me parece não está sabendo se inventar na forma de se mostrar.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Voo para escuridão um livro de Marcelo Simões

Voo para escuridão
Autoria de meu amigo Marcelinho li e gostei.
Como disse meu Xará João Santana no prefácio," Quem conhece a história de vida de Simões encontra explicações fáceis.
Primeiro ,porque ele não consegue se libertar do repórter apaixonado que sempre foi.E, depois, porque Marcelinho é uma das pessoas mais sensíveis,humanas e generosas que podem existir."
João Silva

A venda na Livraria Cultura.


sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ano novo (Poema do Drummond)

Ano novo (Poema do Drummond)

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,

a que se deu o nome de ano,

foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança

fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

NY COM NEVE É MELHOR DO QUE PORTO GALINHAS COM SOL, POR TASSO FRANCO

Quem já teve a oportunidade de passar o final de ano em New York (NY), no português Nova Iorque, sabe como é prazeroso esse momento sobretudo se estiver nevando como agora. O que representa um transtorno para os noviorquinos e pessoas que vão a esta cidade a negócios sofrem bastante, embora, quase tudo funcione normalmente, salvo transtornos nos aeroportos, no trânsito e em alguns serviços. No mais, tudo permanece vivo e aberto 24 horas.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

JORNALISTA E PUBLICITÁRIO MARCELO SIMÕES LANÇA LIVRO NA CULTURA,DIA 13

Cruel, arrasadora, atual. E, ainda por cima, verdadeira. Essa é a história do comissário de bordo colombiano Jak Mohamed Harb. Rico, bonito e gay, ele se vê de uma hora pra outra preso em uma masmorra brasileira, num processo kafkiano.

O livro "Voo para a Escuridão", do jornalista e publicitário baiano Marcelo Simões, será lançado nesta segunda-feira (13/12/2010), das 19h30min às 21h30min, na Livraria Cultura do Salvador Shopping (Avenida Tancredo Neves, 2915 - Caminho das Árvores. Já lançado em São Paulo, o livro recebeu críticas e foi destacado em seções especializadas, sendo citado até na coluna de sugestões literária do Domingão do Faustão, da Rede Globo.

sábado, 6 de novembro de 2010

Sempre divido com os amigos o que há de melhor em mim - cartas entre Amigos - Enviada por Luciano

Cartas entre Amigos
Luciano:

Tou aqui na Praia Grande. Nadir acabou de fazer um peixe na telha. Não sei onde ela aprendeu. Lembra-me,
um pouco, a Zefa. Zefa sorri com um jeito de quem vai invadir o paladar alheio. Napoleão Bonaparte da cozinha é isso que ela termina fazendo. E nos derrota de sabores. Míope teimoso, estou a 200 graus de circunferência do mar e da Serra do Mar. Bem na minha frente, tem um  morro verde, bonito. Eu detesto morros. Como esse é um tipo vesgo, sofisticado assim mesmo, de verde musgo, ainda endemoniado, e precisa de padrinho, vou batizá-lo de Morro do Luciano, já que a barraca sucumbiu depois do tsunami legalista da prefeitura de Salvador. Bom, você tinha uma barraca, agora tem uma varanda, um morro em São Paulo, que talvez não lhe valha prá nada, a Zefa, e a saudade minha e de Nadir.  Nesse caldo que se derrete nas espumas de uma cerveja que olho, absolutamente desconfiado, ainda tem o interior mágico, num alguidar de nuvens, do Santo Daime do grande Juarez, as frases homeopáticas do Lariú, e nossa cobertura maior, a trilha sonora do Brasileiro. A ela, nenhum pintassilgo, nenhum canário, nenhum papa-capim da noite resiste. Estão vindo depressa, para completar, os versos do Lulafonso, na corcova do vento de Iansã. Ta vindo aí a fotografia dos Orixás pelo olho mágico do Nelson Issa. Pronto, nada falta. Tou aqui pensando no beija-flor de minha cozinha, aí em Itapuã. Ele sentia o cheiro de Nadir, da comida de azeite, e vinha. E pousava. Não tenho mais onde nenhum passarinho pousar. Guarde aí seus varais de sonhos. O que vem de mim, a saudade de Isadora, a saudade de Iemanjá, a saudade de mim mesmo, tou mandando prá sua varanda. Beijos em você e na Cris. Fernando e Nadir



Sempre divido com os amigos o que há de melhor em mim

Aos amigos Fernando e Nadir


Sempre me imaginei que um dia seria um istmo,fazendo a ponte, a ligação ente o continente sólido e as águas mornas,frias naturais ,com o balanço das ondas e seus fluxos e refluxos,para ligar e aproximar pessoas?(já que não seria um cais de pedra,ao qual se refere Fernando Pessoa, para ser toda  saudade)
Mas o amigo Fernando, numa tarde de peixe na telha das mãos de Nadir,me presenteia com um morro coberto de musgo verde para materializar a minha presença em sua saudade.Nosso Pai Oxalá de certo aprovou porque nos olharemos do alto,nos encontraremos com a leveza da pureza,com a leveza dos ares rarefeitos para fazermos o que  gostamos e praticamos(embora a Nadir não aprove),que é chorar de alegria os nossos sentimentos.
Abraços aos amigos
De Luciano e Cris


Enviada por Luciano (Barraca do Luciano)

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